Copa do Mundo e as crianças: Dicas de Especialista

Imagem Cliquetando
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Quando não tem filhos comemorar ou curtir a Copa é um pouco ou bem diferente, né? Mas no momento a vida é outra, nos tornamos pais e a Copa do Mundo está aí e não precisamos deixar de curti-la e torcer muiiiiiito de forma com que todos se divirtam. Como será que devemos fazer com as crianças, torcer e incluí-las na diversão?

Nas Copas passadas, sem filha eu sempre assistia aos jogos com a galera e era o máximo, este ano com a Clara, vou assistir pelo menos a abertura mais quietinha, ou melhor, na casa da minha mãe.

Nós vamos nos reunir e fazer alguns petiscos pra hora da abertura e do jogo. Eu trabalho normalmente até o horário do jogo e depois disso é festa, torcer e vibrar com cada passe em campo.

Clara ainda é pequena, mas já vai estar à caráter nas cores da nossa bandeira. Comprei acessórios e um vestido lindo verde e amarelo. Pra mim, acreditem, não tive tempo de comprar nada, mas até dia 12 vou providenciar uma camiseta básica nas cores.

Vestido BabyClub, Chapéu e tiara 25 de março e laços lojinha lookbebê
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Nas Copas passadas, sem filha eu sempre assistia aos jogos com a galera e era o máximo, este ano com a Clara, vou assistir pelo menos a abertura mais quietinha, ou melhor, na casa da minha mãe.

Nós vamos nos reunir e fazer alguns petiscos pra hora da abertura e do jogo. Eu trabalho normalmente até o horário do jogo e depois disso é festa, torcer e vibrar com cada passe em campo.

Clara ainda é pequena, mas já vai estar à caráter nas cores da nossa bandeira. Comprei acessórios e um vestido lindo verde e amarelo. Pra mim, acreditem, não tive tempo de comprar nada, mas até dia 12 vou providenciar uma camiseta básica nas cores.

Mas em meio a tanta torcida, como será que nossos Pequenos interpretam tudo isso? Será que eles entendem?

Se pensarmos que apesar de acontecer a cada 4 anos, provavelmente nunca mais será em nosso País, precisamos (ou devemos) registrar todo este momento pra quando eles crescerem.

#vaiterCopaSim #BrasilCampeão #RumoaoHexa
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Pra  me ajudar um pouco nisto, contei com a ajuda da Maria Eduarda Vasselai (CRP-12/03524) , Psicóloga infantil, Pós-graduada em Psicoterapia Psicodinâmica Breve e em Psicologia Organizacional. Olha só:

MC: Como fazer a interação das crianças sem ascender a chama da competição e do que tem que ganhar?

Maria Eduarda: Como torcedores, vivemos a experiência do sucesso e do fracasso – e como seres humanos, também. A Copa do Mundo pode ser um jeito lúdico de perceber que as derrotas fazem parte da vida e virar o jogo depende de muita força de vontade. Com os jogos da Copa, os pais podem estimular seus filhos a perceber as estratégias de superação de times e jogadores. É possível ensinar que conviver com as decepções é um exercício diário, mas nem por isso tudo está perdido. Quanto antes as crianças forem expostas às dificuldades, como assistir ao time preferido perder, por exemplo, menos doloroso será o futuro delas. A tristeza e a frustração fazem parte da vida. Mais do que focar no resultado do jogo, é preciso valorizar os elementos implicados nele: amizade, trabalho em grupo, esforço, busca pela excelência. Chamar atenção para esses fatos mostra que o que vale mais é a forma como se ganha e como se perde.

 MC: Como fazer com os gritos, fogos de artifício e o possível medo dos Pequenos?

 Maria Eduarda: Não peça para a criança não sentir medo, porque ela sente mesmo. É normal uma criança pequena sentir medo. O nervosismo é um sentimento natural que nos ajuda a lidar com novas experiências e nos proteger do perigo. Não subestime os medos da criança, mesmo que pareçam bobos ou irracionais – para ela, a coisa é bem séria e real. Evite sorrir ou fazer pouco da situação. Mostre a ela que você entende como é ter medo de algo – ela vai aprender que não há problema em sentir medo e que é melhor lidar com isso.

Bebês e até crianças um pouco mais velhas nem sempre aceitam o barulho numa boa, o que também acontece com animais. Aí, a melhor alternativa é estar preparada para acalmar o choro e amenizar sustos.

Verdade é que, se a criança for mais velha, com seus três ou quatro anos, elas vão se assustar menos se os pais explicarem a causa da barulheira. Nessas horas, é importante dar conotação positiva aos ruídos. Devem passar calma aos filhos e explicar que nada de mal vai acontecer a eles. Se eles ficarem tensos, a criança sente e pode ficar mais amedrontada pela reação dos pais, e não pelos fogos em si.

Se a criança já teve uma vivência negativa ou até mesmo um trauma em relação aos fogos, os pais devem respeitar. Cabe aos adultos entenderem que sentir medo é uma reação normal do ser humano e as crianças precisam aprender a lidar com isso. E nunca se esqueça de acalmá-las com palavras. Outra dica é, quando a data se aproximar, mostrar vídeos de fogos de artifícios pode ajudar a enfrentarem essa situação.

 MC: Como falar o que é Copa pras crianças?

 Maria Eduarda: O evento da Copa do Mundo é o momento ideal para reunir a família e amigos para assistir um jogo e torcer juntos. É um jeito de fortalecer laços familiares e sociais. Seria interessante, se os pais falassem sobre a história da Copa, mostrassem imagens, conversassem sobre os países que participam da Copa, sobre a importância dos esportes, em especial do futebol. Além disso, é uma grande oportunidade de falarem sobre suas lembranças afetivas nos outros jogos. É um momento de troca, no qual podem conversar brincar e aprender uns com os outros.

MC: Palavrões em meio à emoção e as crianças na sala, como proceder?

 Maria Eduarda: É inevitável que se ouça xingamentos durante a torcida. É uma forma de expressar as emoções afloradas que toda partida de futebol ou de qualquer outro esporte desperta no torcedor. Mas é preciso problematizar isso. A criança costuma repetir tudo que escuta, portanto, é responsabilidade dos pais se policiarem para não falarem palavrões perto dos filhos. É quase certo que em algum momento as crianças repetirão o que os pais falaram por curiosidade e imitação, sem saber o significado da palavra.

E é aí que entra o bom exemplo dos pais como forma eficiente de ensinar os pequenos a não pronunciarem palavras tão feias. A criança aprende pelo exemplo, o mais correto é que não falem palavrões em frente a criança. Não adianta nada ditar as proibições às crianças e sair soltando palavrões. Também é um tanto injusto dizer ‘eu posso, você não’. Nos diálogos introduza a sua opinião a respeito do palavrão. A criança com dois ou três anos já sabe ouvir: “não pode dizer isso, porque é feio!” As crianças, principalmente os meninos de oito ou nove anos, devem ouvir de maneira clara onde é proibido falar palavrões.

Caso ela repita e fale o palavrão pela primeira vez, o melhor é não dar ênfase, fingir que não ouviu para não chamar atenção ao fato. Mas, se foi em alto e bom som, explique que é feio e mostre outras palavras que ela pode usar para pôr para fora a raiva ou a euforia. Os pais podem sugerir palavras mais leves para expressar esses sentimentos.

Gostaram????

Bora torcer com as Crias e toda família!

#vaitercopa #BrasilHexa #BrasilCampeão

Beijos

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